O olhar infantil sobre a pandemia

Se para os adultos falar em isolamento social, Coronavírus, curva de contágio, gera um nó na cabeça, sem contar o medo e a insegurança, que permeiam esse momento que atravessamos, como fica a cabeça das crianças? Como ficaram com suas rotinas totalmente alteradas há cerca de um ano, quando foi declarada a pandemia da Covid-19?

De um momento para o outro, tiveram que ficar em casa, sem ir às escolas e, por um período, muitos não se encontraram com outras crianças. Como algumas delas reagiram (e ainda reagem) a esse período foi o que motivou a criação do livro “Quando tudo isso passar”, recém-lançado pela Rota Imaginária.

“Lembro de ler uma notícia de que um terço da população estava isolada e pensei o quanto estamos em uma ‘encruzilhada na história’ e como é estar nesse período, cheios de desafios e de perdas. Eu só conseguia sentir medo”, relembra a autora Sara Puerta.

Com o tempo, Sara começou a perguntar, para as crianças que conhecia, o que elas estavam pensando sobre a pandemia e todas aquelas mudanças, e foi aí que veio a chispa para escrever a história.

“Se de um lado, eu ficava perplexa, ansiosa, às vezes paralisada; para as crianças ouvidas para o projeto do livro, a maioria falava, sim, em medo, mas também em uma espera alegre pelo retorno das atividades, a “vitória” da humanidade, ou diziam que estavam aproveitando para curtir os brinquedos em casa. Simples assim”, conta.

Com menos bloqueios, e com um olhar ingênuo, as crianças com quem a autora conversou nesse período se mostraram bastante adaptáveis à nova situação. Ao serem observadas, foi notado que algumas delas passaram a ter um outro “olhar” sobre o mundo ao seu redor, desenvolveram novas habilidades, criaram brincadeiras e passaram a se distrair com o que fosse possível. 

É o exemplo de Pedro, o protagonista da história de “Quando tudo isso passar”. O personagem do livro foi criado a partir da experiência de um dos meninos ouvidos para a pesquisa prévia da autora. “Ele estava em processo de alfabetização aos 6 anos de idade. Nas aulas, se mostrava sempre agitado, mas durante o primeiro mês da quarentena, se dedicou muito mais a aprender a ler. E conseguiu”, comenta. 

As ilustrações foram feitas por meio de pintura digital e desenvolvidas pelo designer Fabio Almeida, que sempre teve um sonho de fazer um livro infantil. 

“No início da pandemia, tive uma redução drástica da demanda de trabalho, eu tinha duas opções: ou eu me deprimia ou me movia. Por sorte, consegui botar a mão na massa e realizar esse desejo”. 

O título “Quando tudo isso passar” é uma referência a expressão que tem sido comumente utilizada para falar sobre o planejamento das novas atitudes e atividades que serão realizadas nesse período tão sonhado que é o “pós-pandemia”. 

Indicado para crianças e também para os adultos, o projeto funciona como um registro histórico a esse período inesperado e nunca antes imaginado, além de trazer uma mensagem positiva.

“Quando tudo isso passar” está sendo distribuído em escolas, com as quais a Rota Imaginária tem feito parcerias, e sua versão digital pode ser baixada gratuitamente aqui

Desde o começo de fevereiro, o PDF do livro também vêm sendo enviado a todos que o solicitaram por email, a partir de um  divulgado nas páginas do Instagram e do Facebook da Rota imaginária. 

Cada interessado recebeu seu email com uma cartinha de agradecimento, com uma singela mensagem de esperança, de que logo tudo isso vai passar…  

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